Modelo da MINI, no entanto, é descartado
Ainda não foi assentado o primeiro tijolo da recém-confirmada fábrica de Santa Catarina da BMW, mas a marca já definiu a linha de produtos que será produzida ali. De acordo com Jörg Henning Dornbusch, presidente da marca no país, com quem QUATRO RODAS falou após a coletiva da imprensa no Salão do Automóvel de São Paulo, a gama será composta pelos SUV X1 e as Séries 1 e 3.
Não por acaso, são os carros de maior volume da BMW no Brasil. Além disso, ele confirmou que o projeto de um MINI com sangue brasileiro fica afastado, pelo menos por enquanto.
A projeção de investimento da unidade de Araquari (distante 182 km de Florianópolis) é de 200 milhões de euros, o equivalente a 525 milhões de reais pelo câmbio de hoje. "Tudo o que está no Inovar-Auto [nome do novo regime automotivo] está dentro do nosso plano de investimento", diz o executivo, que dividirá os 200 milhões de euros na construção da planta, compra de maquinário e implementação do projeto inicial.
A chegada da montadora a Santa Catarina deve gerar 1000 empregos diretos e até 2500 indiretos. "Não vamos produzir de uma vez. Começaremos uma linha e depois de cinco meses vem outra", disse Dornbusch, que espera avançar de 26 para 35% a participação da BMW no segmento premium brasileiro. Segundo o executivo, a escolha por Santa Catarina está ligada a questões de logística e escoamento da produção, que privilegiará o mercado interno - além da possibilidade de a marca ser a primeira montadora a se instalar naquele estado.
Rivais
Rivais
Apesar do desembarque anunciado da BMW em Santa Catarina, pelo menos por enquanto nem Audi ou Mercedes-Benz, suas grandes concorrentes no mercado de carros premium pelo mundo afora têm plano imediatos de anunciar a instalação de linhas de montagem brasileiras nos próximos meses.
Mas, as duas têm planos B consistentes para ocupar mercado. Uma possibilidade para a Mercedes colocar um pé no Brasil poderia ser compartilhar as instalações da nova planta da Nissan, em Porto Real no Rio de Janeiro. Para a Audi crescer no mercado brasileiro, a salvação poderia vir do México: até 2015, a montadora está renovando a usina na qual produzia no hatch A3 junto com a Volkswagen (a parceira fazia o Golf GTI) Curiosamente era a mesma produção que as duas montadoras doi Grupo Volkswagen fizeram no Paraná, nos anos 1990.
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