Principal mudança do novo EcoSport está na dianteira, que ficou, visualmente, mais alta | Crédito: Divulgação
O modelo fará sua primeira aparição oficial em Los Angeles (EUA), onde deverá chegar apenas em 2018
Principal ausência no Salão do Automóvel de São Paulo , deixando brilhar os rivais Hyundai Creta e Honda WR-V, o novo EcoSport foi revelado em Los Angeles (EUA), a cerca de 10.000 km de distância do Brasil, sua terra natal.
Traseira segue sem mudanças em relação ao atual EcoSport europeu, que dispensa o estepe pendurado na traseira | Crédito: Divulgação
A data de lançamento do modelo no Brasil ainda é um mistério, uma vez que, segundo a Ford, ele só começará a ser entregue aos clientes americanos no início de 2018, importado da Romênia.
A matriz americana nutre grandes expectativas: o segmento de SUVs que por lá são chamados de subcompactos - como o Renegade, Juke, HR-V e Trax (nosso Tracker) - cresceu muito dos últimos anos, passando de 70.000 unidades em 2011 para 276.000 em 2015.
Por isso, e pelo fato de o EcoSport ser inédito nos EUA, a prioridade na apresentação foi para a parte norte do continente. Mas ele não deve demorar a dar as caras por aqui.
Por fora, as mudanças do EcoSport foram poucas, mas significativas, mais alinhadas com os modelos americanos (como o Edge) do que com os europeus. A dianteira ficou mais alta com o reposicionamento da grade, agora com duas barras horizontais e o logo da marca ao centro.
Na dianteira, a grade está mais alta e os faróis ficaram maiores | Crédito: Divulgação
Os faróis remetem aos antigos, mas ganharam novas proporções e iluminação por projetores. Quem também contribui para a elevação da dianteira são os faróis de neblina, maiores e mais altos, além do para-choque com porções inferiores pintadas na cor do carro.
Configuração sem o pneu na traseira ainda é incerta para o Brasil | Crédito: Divulgação
A traseira segue sem mudanças, com exceção da barra cromada acima do recuo da placa de licença. Não estranhe a ausência do estepe pendurado na traseira: apesar de tradicional no Brasil, o item não agradou aos norte-americanos e europeus, onde o estepe convencional é item cada vez mais raro.
Um projeto brasileiro em suas duas primeiras gerações, o EcoSport começou a ser vendido na Europa em 2014, mas teve de mudar levemente já no ano seguinte, com melhorias no acabamento e a eliminação do estepe traseiro, substituido por um kit de reparos. Os americanos também abriram mão do estepe. A abertura da tampa, porém, continua sendo feita para o lado.
Apesar da ausência do estepe na traseira, a tampa do porta-malas continua com a abertura lateral | Crédito: Divulgação
A maior novidade talvez esteja no interior do jipinho, que não se parece com o de nenhum outro carro da marca. As saídas de ar agora estão em posição mais baixa, logo acima dos controles do ar-condicionado — que, assim como no atual, é digital e de apenas uma zona. O volante e o quadro de instrumentos também são novos, enquanto os comandos dos retrovisores elétricos agora estão próximos aos dos vidros, na porta do motorista.
Interior não se parece com nenhum outro modelo da Ford | Crédito: Divulgação
No topo do painel, a central multimídia com tela de oito polegadas sensível ao toque pode se conectar aos sistemas Apple CarPlay e Android Auto, além de oferecer GPS e Bluetooth e aposentar inúmeros botões físicos. Há duas saídas USB, duas tomadas de 12V e uma de 110V para os passageiros do banco de trás.
Os comandos dos retrovisores agora estão no apoio de braço da porta do motorista | Crédito: Divulgação
O esquema de som, para a versão mais cara nos EUA, é um B&O Play da Harman com 10 alto-falantes (incluindo subwoofer no porta-malas) e 675 watts. A marca ainda destaca a presença de 30 porta-trecos, no melhor estilo americano.
Nos EUA, o EcoSport terá motorizações 1.0 turbo e 2.0. No Brasil, será um novo 1.5 de três cilindros e o conhecido 2.0 Duratec | Crédito: Divulgação
As duas opções de motorização para o mercado americano serão o 1.0 EcoBoost semelhante ao utilizado no New Fiesta e o conhecido 2.0 Duratec de quatro cilindros aspirado, neste caso sempre com tração integral. No Brasil, há a expectativa de que ele também receba o novo 1.5 Dragon de três cilindros, com cerca de 130 cavalos.
O material de divulgação da Ford diz que o câmbio para ambas as configurações é um automático de seis marchas. Pode ser que seja um automático convencional no lugar do Powershift automatizado de dupla embreagem, alvo de críticas por lá ao equipar o New Fiesta e Focus. Mas a Ford americana também costuma chamar o próprio Powershift de automático.
É esperado que a Ford não demore a lançar o EcoSport reestilizado por aqui. Precursor e antigo líder do segmento, o modelo hoje amarga a terceira colocação (com direito a inversões constantes com o quarto colocado, Renault Duster) desde a chegada dos rivais Honda HR-V e Jeep Renegade. Nos próximos meses, chegam os já citados Hyundai Creta e Honda WR-V, além das versões mais acessíveis do Kicks.
Fonte: QUATRORODAS
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