Lei prevê obrigatoriedade dos itens para 2014
O governo deve desistir de adiar a exigência de airbag duplo e freios ABS para os automóveis nacionais. A medida foi sugerida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, sob a justificativa de que os preços dos carros subiriam demais a partir do ano que vem, quando 100% dos veículos fabricados no país deverão sair de fábrica com os itens. O sindicato dos metalúrgicos do ABC também pediu a prorrogação da obrigatoriedade para 2016, alegando que o fim da produção de alguns modelos - em especial a Kombi - poderia causar até 4 mil demissões.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a presidente da República, Dilma Rousseff, deve ficar do lado do Ministério das Cidades, que defende a segurança no trânsito e alega que as montadoras tiveram tempo para se adequar à exigência, já que a norma foi anunciada pelo Contran (Conselho Nacional do Trânsito), órgão vinculado à pasta) em 2009. Mantega, por sua vez, têm apenas argumentos econômicos para defender sua opinião.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, fontes ligadas ao governo afirmam que a saída encontrada será reduzir o Imposto de Importação para peças e equipamentos, que chegaria a 2%. Atualmente, a alíquota varia entre 14% e 18%, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior.
A possibilidade de adiar a adoção deste equipamentos também teria causado grande descontentamento entre as montadoras chamadas "new comers", como Nissan, Peugeot, Citroën e Renault. Todas elas já oferecem os itens em praticamente todos os seus modelos, e alegam ter realizado investimentos justamente para se adequarem à lei antes de 2014. As empresas, inclusive, teriam até ameaçado cancelar investimentos previamente acertados com o governo, fazendo com que as autoridades recuassem, optando por desistir do adiamento.
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